domingo, 22 de abril de 2012

Morte simbólica


Seus pés sangravam, seu corpo suava e sua respiração estava ofegante. Ele havia atravessado correntezas, vendavais, terremotos e desertos. Agora estava ali, parado em frente aquela enorme muralha de pedra e não sabia como continuar o seu caminho. Andara de um lado para o outro e a muralha não tinha fim, também não podia escalar, pois ela parecia ser mais alta do que o próprio céu.
O céu estava escuro e de repente todas as suas feridas começaram a latejar, agora que não sabia como prosseguir, prestava atenção ao seu corpo e sua dor. Enquanto perseguia seu objetivo, não reparava no cansaço, apenas em conseguir. Agora que não tinha como continuar, sua busca parecia perdida. Lágrimas escorreram pelo seu rosto e sua voz interior parecia morta. E não tinha como voltar, não tinha como mudar ou apagar. Encostou no muro, respirou fundo e com um último suspiro, ele pediu ajuda, ajuda pra Deusa.

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