segunda-feira, 20 de maio de 2013

Despedida carinhosa aos animais de estimação.



ORAÇÃO
Descanse nos braços amorosos da Mãe Natureza.
Que ela acolha o seu corpo e acalente a sua alma na morte,
como em vida você foi amado e acolhido.
Você passou por todas as estações da vida.
Na primavera, era um filhotinho,
cheio de vida, energia e curiosidade,
e foi crescendo dia após dia.
No verão, chegou à juventude,
explorando, brincando e aprendendo;
aprendeu a amar sua família humana
e a se adaptar aos ritmos da vida.
Dos dias quentes de verão
ao frescor e amadurecimento do outono,
você foi nosso amado amigo e companhia.
Fiel em seu amor, verdadeiro em seu coração, leal na sua amizade;
ofereceu a todos nós amor incondicional
e nos protegeu de todos os perigos.
Um dia o inverno chegou.
Os seus passos foram ficando mais lentos,
com a idade, o seu amor se sublimou.
Tornou-se mais puro, mais maduro,
mais precioso.
Agora o inverno acabou, meu amiguinho.
Precisamos libertá-lo para que encontre
outra primavera.
Que a sua alma se eleve e encontre os braços amorosos da Natureza.
Que os espíritos do Fogo iluminem o seu caminho nesta nova jornada.
Que os Espíritos do Ar o acompanhem com uma canção alegre.
Que os Espíritos da Terra o libertem das areias do tempo .
E que os Espíritos da Água suavizem a sua transição.
Que as forças da divindade abrandem a dor do nosso coração
e nos ajudem a nos adaptar à sua ausência.
Que a sua alma possa ser livre
E brilhar com as estrelas no céu.
Se você ainda sofre com o apego aos amores terrenos,
Saiba que estamos bem,pode descansar o seu Espírito.
Quando a sua alma estiver renovada,
Você adquirirá uma nova forma
E voltará a compartilhar o seu amor com a sua família.
Nosso coração e nossas portas
sempre estarão abertos para você,
caso escolha um dia voltar.
Abençoado seja.




Extraído e adaptado de "Pet Memorials", de Elizabeth Hazel, Llewellyn's 2008, Witches Companion.

Desespero efêmero.

Assim como um desespero, a vida é efêmera.
Sabemos aproveitar o que nos foi presenteado, sim. Mas não sabemos perder o presente.
Somos eternamente gotas prestes a cair de uma mesa. Um copo de humanos derramados em uma vasta mesa de bar divino. Sempre prestes a cair, mas segurando até o último momento, antes que venha um atrás de você e o empurre para o vazio.
O que está depois do vazio? Mais uma mesa ou apenas a escuridão?

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Uma vez me disseram que a vida era bela. Também já me mostraram sonhos tão impossíveis quanto contar as areias de uma praia. É um ponto de vista de Perséfone, dentro do submundo eu encontro o doce sabor da romã, fora existe o desespero de não saber o que me aguarda lá embaixo. Será que vale a pena comer da romã? Como sangue em correria ela te preenche.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Luz

Seria perda de tempo informar os detalhes! A lua brilhava, quase minguando. O círculo permanecia quente, mas meu interior congelara, minha força havia sido sugada para a Terra. Meu sangue a alimentava e eu esperava meu fim, finalmente seria novamente o Senhor do submundo, a espera da promessa final! Ela sorria pra mim, agora Ela tinha forças pra suportar, minha energia era sua energia, meu sangue era seu sangue. Minha vida era sua... Dei a vida e voltei ao começo de tudo, seu útero de luz e renascimento.