quinta-feira, 19 de julho de 2012

O livro de Gaia.

Andava por aquele corredor antigo, o papel de parede estava descolando e as teias de aranha reinavam no teto. Andava lentamente e mesmo assim meus pés faziam um barulho capaz de acordar qualquer um. Entrei naquele cômodo e uma lareira estava acesa, sentei em uma poltrona vermelha e empoeirada, não importava mais, aquilo era transcendental já.
Um livro antiquado, com capa marrom e folhas amareladas aparece em meu colo, abro-o e começo a ler, ler, ler...
Um dragão vermelho sái da lareira e transforma-se em uma mulher poderosa e deslumbrante, com uma aura puramente vermelha, puramente fogo. Ela me olha com aqueles olhos selvagens e indomavés e quando falou sua voz dominou todo o aposento:
-Nenhum humano pode ler esse livro, você terá que morrer!
E no momento exato que ela iria me matar, aparece uma mulher pela porta. Ela irradiava luz branca, uma energia calma e explosiva, um frenesi. Ela fala, sua voz era como o sussurro dos ventos em uma floresta, como um lago cristalino em uma noite de lua cheia:
-Não, você não o matará, volte pra sua casa!
A mulher-dragão encolhe-se toda com a força de Gaia e volta pra lareira, a mulher-de-luz chega perto de mim e com um suspiro a casa desaparece.

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