A selva de pedra tentou me matar.
Não foi uma morte rápida e indolor, ela tentou me matar aos
poucos, lentamente, injetando poluição em meus pulmões, fazendo eu esquecer das
estrelas, definhando aos poucos apenas para ter longas noites de prazer regadas
por álcool e cigarro.
Ela tentou, não conseguiu.
Eu acordei.
E quando eu acordei, percebi que posso ser feliz onde eu
estiver.
Hei de ser feliz.
Sabe quando você acorda de um sonho e a realidade é confusa?
Aquela sensação de não saber exatamente se está acordado ou dormindo, era assim
a minha sensação diariamente. Eu vivo ou eu sonho?
Então a lucidez tomou conta do meu corpo, meus desejos
pularam para a minha pele, o tesão tomou conta de tal forma que é difícil
respirar. Respirar é um lembrete eterno de que estou vivo e desejando.
E eu decidi viver, não apenas sobreviver em uma selva de
pedra.
Taque as pessoas na selva, quem sobrevive é a bruxa.
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