sábado, 7 de fevereiro de 2015

A maldição do Egito



- Era uma vez uma civilização muito antiga, hoje em dia eles chamam o local de Egito. 
- Por que hoje em dia? 
- Porque antigamente não havia esse nome, o nome do local há muito tempo foi perdido, só o vento e as ondas do mar sabem como pronunciar, é um nome repleto de magia e força, por isso mesmo ele foi esquecido, as grandes magias podem ajudar e podem destruir o mundo. Posso continuar a história?
- Claro.
- Havia um homem que foi expulso de sua cidade, ele morava em uma antiga vila e ajudava a todos que precisavam, usava de magia e sabia controlar as ervas para curar e para matar, porém, um belo dia, ele foi até a floresta coletar alguns cogumelos e quando voltou para casa, encontrou a filha da mulher mais importante da vila morta em sua casa, ele não soube o que fazer, tentou ressuscitá-la mas não conseguiu, logo a notícia se espalharia e ele seria executado vivo.
Dito e feito, quando todos descobriram o ocorrido, não acreditaram na inocência dele e aplicaram o pior castigo: jogaram ele, sem roupas ou algo para o cobrir, no meio do deserto.
- No meio do deserto? Com areia e tudo?
- Sim, onde é quente e quase não tem água. Ele começou a caminhar pra tentar fugir dali, mas o deserto não tinha fim, o sol era tão quente que ele ficou desidratado, a desidratação era tão grande que o fez vomitar sem parar, seus pés ardiam e estavam com bolhas de queimadura, ele não aguentou e desmaiou.
Ao acordar, estava deitado dentro de um salão dourado, tochas fixadas nos cantos do aposento faziam a luz bruxulear, algumas dançarinas estavam ao seu redor, todas cobertas por longos véus semi-transparentes. Eram as antigas sacerdotisas de Aset, ele conhecia a história mas achava que tratava-se apenas de lenda, ninguém havia visto uma de perto. Elas viram que ele havia acordado e o ajudaram a levantar, chamaram-no de Yinepu e disseram que ele estava predestinado a levar quem precisasse para o templo de Aset, o local que ele estava. Apenas ele e mais ninguém, somente ele saberia o caminho para o templo sagrado de Aset, e somente ele saberia quem precisava de ajuda para poder entrar ao templo.
Não havia como fugir, ele fora salvo e o destino o transformou em um senhor dos caminhos, ele era Yinepu, o que conduzia a todos que precisavam de ajuda para o templo de Aset.

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