sábado, 16 de fevereiro de 2013

Gaia

Ela entrou em seu quarto quase que em transe, trancou a porta e suspirou fundo. Lentamente suas roupas foram caindo, seu corpo foi ficando leve, quase como se fosse feita de neblina, sua respiração era quase imperceptível. Seus passos, mais silenciosos que os dos gatos, saltitavam pelo quarto em espirais unidas ao corpo. Ela dançava lentamente, com sorrisos e olhadas pro nada.
O nada que ela olhava era tudo que a completava.
Observei-a durante muito tempo, pura felicidade irradiada na forma de dança, leve e intensa, firme e flexível. Quantas risadas, quanta música e quanta pureza. Ela não dançava sozinha, ela dançava com as batidas da Terra.

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